Em 8 de setembro de 2011 08:52, Iarley Souza <iarley_show@hotmail.com> escreveu:

Adaptados exclusivamente ao ambiente aquático, os peixes compreendem cerca de 25.000 espécies, um número maior do que a soma de todas as espécies de vertebrados terrestres conhecidos.

Admite-se que os primeiros vertebrados surgiram há cerca de 500 milhões de anos nos mares e eram desprovidos de mandíbulas. Esses animais, chamados de ostracodermos, eram pequenos e viviam no fundo do mar, filtrando alimentos que se encontravam no lodo. Há cerca de 450 milhões de anos, a partir de alguns ostracodermos, surgiram os placodermos, vertebrados que possuíam mandíbulas, que permitiam a eles atuar como eficientes predadores. A lampreia descende dos antigos ostracodermos. Os peixes atuais e todos os demais vertebrados descendem dos placodermos.

Os peixes constituem a maioria dos vertebrados e todos têm, em comum, muitas características que os adaptaram à vida na água. Os peixes ancestrais não possuíam mandíbula, eram bentônicos e pertencentes à classe Agnatha. A maioria dos agnatos está extinta, mais a classe ainda é representada hoje em dia pelas lampreias e peixes-bruxa.

Com a evolução das mandíbulas e dos apêndices pares, os peixes tornam-se mais ativos e capazes de alimentarem-se de diferentes maneiras. Os peixes mandibulados atuais estão pados em duas classes: os tubarões e raias na classe Chondrichthyes, com esqueleto cartilaginoso, e as percas e outros peixes similares da classe Osteichthyes, que possuem um esqueleto ossificado pelo menos em parte. As características distintas das classes existentes são resumidas a seguir.

CLASSIFICAÇÃO E DIVERSIDADE

Os peixes são classificados em três grandes classes: Agnatha, Chondricthyes, Osteichthyes, abaixo:

CARACTERÍSTICAS DA CLASSE AGNATHA

As mandíbulas estão ausentes. As nadadeiras pares estão ausentes na maioria das espécies, as abas peitorais estavam presentes em algum formas extintas. As espécies primitivas tinham a pele revestida por formes escamas ósseas, que foram perdidas nas atuais. As partes mais internas do esqueleto são cartilaginosas nas formas atuais e parece que nas espécies extintas elas também não eram ossificadas. O notocórdio embrionário persiste nos adultos. Um olho pineal mediano e fotossensível está presente. As espécies atuais, como a maioria das extintas, apresentam uma narina única e mediana, localizada à frente do olho pineal. Sete ou mais aberturas brânquiais estão presentes. A faringe é utilizada, na alimentação por filtração nas larvas e nos adultos das espécies que estão atualmente extintas, isto é, não são mais encontradas.

CARACTERÍSTICAS DA CLASSE CHONDRICHTHYES

As mandíbulas e as nadadeiras pares estão presentes. As escamas ósseas estão reduzidas a delgadas escamas placóides ou foram completamente perdidas. As partes mais internas do esqueleto são totalmente cartilaginosas. O olho pineal foi perdido. Eles são peixes compactos, sem pulmão ou bexiga natatória. Seus corpos são achatados no sentido ântero-central e a maioria das espécies continua com a cauda heterocerca primitiva. Suas narinas são pares. Os cinco pares de aberturas branquiais abrem-se independentemente na superfície corporal na maioria das espécies, ao contrário daquelas em que uma câmara branquial está recoberta por um opérculo. intestino é curto e a área superficial é aumentada por uma válvula espiral. Os machos possuem um clasper sobre a nadadeira pélvica, que transfere os espermatozóides para a fêmea. A fecundação é interna.

laminares, com vários raios de sustentação recobertos por pele. Basicamente são órgãos locomotores mais podem ter adaptações especiais: em bagres e raias, alguns raios podem ser fortes e pontiagudos ferrões que injetam veneno; nos tubarões podem ser órgãos copuladores, os cláspers; nos peixes voadores, elas lhes permitem planar fora d’água por vários metros, escapando de predadores.

As nadadeiras ímpares dispõem-se na linha mediana do corpo e podem ser dorsal, caudal e anal. As nadadeiras pares dispõem-se ventralmente, sendo um par de anterior, as peitorais, e um par posterior, as pélvicas.

Obs.: a forma da nadadeira caudal pode ser homocerca, com dois ramos, dorsal e ventral, de mesmo tamanho; heterocerca, com ramo dorsal maior que o ventral; e dificerca, simples, sem ramos.

 

Tipos de nadadeiras:

Nadadeira caudal - transmite a força que impulsiona o peixe através da água. Peixes de ambientes lóticos possuem está nadadeira com uma bifurcação bastante pronunciada. Os de ambientes líticos possuem nadadeiras truncadas, sem bifurcação ou pouco pronunciadas e muitos possuem projeções (véu, lira, etc.).

Nadadeira dorsal - possuem principalmente função de estabilidade, funcionando como a vela do barco, é constituída normalmente por raios duros e moles. Algumas espécies podem apresentar duas nadadeiras dorsais (percas), podem ser pouco visíveis ou ausentes (gimnotídeos).
* Raios duros - semelhantes às agulhas, não possuem bifurcações.
* Raios moles - possuem várias bifurcações.

Nadadeira anal - é a nadadeira encontrada entre o poro urogenital dos peixes e a caudal. Geralmente utilizada como estabilizador, nos machos dos poecilídeos desenvolveu-se como órgão copulador, alguns ciclídeos possuem pequenos ocelos que estão ligados ao comportamento reprodutivo.

Nadadeiras pélvicas - encontram-se na região ventral à frente da nadadeira anal. Possuem função estabilizadora e orientadora dos movimentos, e em algumas espécies também são utilizadas na reprodução.

Nadadeiras peitorais - estão posicionadas lateralmente abaixo dos opérculos. São utilizadas principalmente para orientação dos movimentos. Possuem outras funções e adaptações para diversos fins, entre eles "andar" na terra (Calictídeos), aeração dos ovos (ciclídeos), etc.



Nadadeira adiposa - pequena nadadeira encontrada dorsalmente e próxima ao pedúnculo caudal. É encontrada nos Caracídeos.