Em 6 de setembro de 2011 08:41, David Hugo <hugod-@hotmail.com> escreveu:

Os insetos (AO 1945: insectos) são invertebrados com exoesqueleto quitinoso, corpo dividido em três segmentos (cabeçatórax e abdómen), três pares depatas articuladasolhos compostos e duas antenas. Seu nome vem do latim insectum. Pertencem à classe Insecta e compõem o maior e mais largamente distribuído grupo de animais do filo Arthropoda e, consequentemente, dentre todos os animais.  A ciência que se dedica a estudar os insetos é conhecida como Entomologia.  Os insectos são o grupo de animais mais diversificado existente na Terra. Embora não haja um consenso entre os entomologistas, estima-se que existam de 5 a 10 milhões de espécies diferentes, sendo que quase 1 milhão destas espécies já foram catalogadas.  Os insectos podem ser encontrados em quase todos osecossistemas do planeta, mas só um pequeno número de espécies se adaptaram à vida nos oceanos. Existem aproximadamente 5 mil espécies de Odonata(libelinhas), 20 mil de Orthoptera (gafanhotos e grilos), 170 mil de Lepidópteros (borboletas), 120 mil de Dípteros (moscas), 82 mil de Hemipteros (percevejos eafídeos), 350 mil de Coleópteros (besouros) e 110 mil de Hymenópteros (abelhasvespas e formigas).

Alguns grupos menores, com uma anatomia semelhante, como os colêmbolos, eram agrupados com os insectos no grupo Hexapoda, mas atualmente seguem um grupo parafilético Ellipura, tendo discussões filogenéticas relevantes no campo da biologia comparativa. Os verdadeiros insectos distinguem-se dos outros artrópodes por serem ectognatas, ou seja, com as peças bucais externas e por terem onze segmentos abdominais.

Plano corporal

Os insectos atuais são geralmente pequenos e têm o corpo segmentado, protegido por um exosqueleto rígido de um material conhecido comoquitina. Podem ser caracterizados como animais de simetria bilateral. O corpo é dividido em três partes distintas ou tagmas, que são interligadas entre sí: cabeçatórax e abdómen. Na cabeça encontram-se um par de antenas sensoriais, um par de olhos compostos, dois ou três olhos simples ou ocelos e as peças bucais: um par de mandíbulas, um par de maxilas e a hipofaringe. Outras estruturas que fazem parte do aparelho bucal dos insetos são o lábio, o labro, um par de palpos labiais, um par de palpos maxilares e o clípeo. Essas peças são modificadas em cada grupo para atender aos diferentes hábitos alimentares, formando diversos tipos de aparelhos bucais (sugador, mastigador, triturador e lambedor).

O tórax dos insetos possui seis segmentadas pernas distribuídas por três pares: um para o protórax, outro para o mesotórax e o último par para o metatórax — que são os segmentos que compõem o tórax. Em determinadas espécies podemos encontrar também um par de asas no mesotórax e outro par no metatórax. O abdômen é composto por onze segmentos, embora em algumas espécies de insetos esses segmentos possam ser fundidos ou reduzidos de tamanho. O abdômen também contém a maior parte do aparelho digestivorespiratório, excretor e estruturas internasreprodutivas. Nos machos o segmento genital é o 9°, onde há a abertura genital. As fêmeas de muitos insectos possuem ovipositores, que são extensões dos segmentos genitais adaptados à postura

Reprodução

Um casal de moscas (Dípteros) realizando a sua cópula em pleno voo.

A grande maioria dos insetos nascem a partir de ovos depositados por sua genitora em locais propícios ao seu desenvolvimento (como em plantas) — o que os classifica como sendo ovíparos[5] Entretanto, existem casos em que certas espécies de insetos (como a barata Blatella germanica) nascem imediatamente após a postura dos ovos, o que classifica a tais como sendo ovovivíparos[6] Também existem algumas espécies que são consideradasvivíparas, como é frequente nos pulgões, onde os insetos recém-nascidos saem dos ovos ainda dentro do corpo da mãe.  Em certas espécies de vespas parasitas, identifica-se o fenômeno da poliembrionia, onde um único óvulo fertilizado se divide em muitos, em alguns casos, até mesmo milhares de embriões distintos. 

Outras variações de reprodução e desenvolvimento nos insetos podem ser: haplodiploidia, polimorfismopedomorfosedimorfismo sexualpartenogênese e, mais raramentehermafroditismo. Em haplodiploidia, que é um tipo de determinação do sexo num sistema, o sexo da prole é determinado pelo número de conjuntos de cromossomos que um indivíduo recebe. Este sistema peculiar é típico nos Himenópteros (abelhasformigas e vespas). 

A metamorfose nos insetos é um processo biológico de desenvolvimento pela qual as espécies crescem e mudam de forma. Existem duas formas básicas de metamorfose: a metamorfose completa e a metamorfose incompleta. 

 

Metamorfose completa

Ver artigo principal: Holometábolo

A maioria dos insetos grandes têm um ciclo de vida típico que se inicia num ovo, que origina uma larva que se alimenta, ocasionando ecdises (ou trocas de pele) onde cresce, transformando-se em pupa (ou casulo) e em seguida, surge como um inseto adulto que se parece muito diferente da larva original. Esses insetos são freqüentemente chamados de Holometábolos, o que significa que passam por uma completa (holo = total) mudança (metábolos = mudança). Estes incluem os Himenópteros, os Coleópteros, os Dípteros, etc

Metamorfose incompleta

Ver artigo principal: Hemimetábolo

Aqueles insetos que nos estágios imaturos têm formas semelhantes aos adultos (com exceção das asas) são chamados de Hemimetábolos, significando que eles sofrem uma mudança parcial ou simplesmente incompleta (hemi = parcial). Durante a fase em que tais insetos estsão imaturos, recebem o nome de ninfas. São representantes deste tipo de matmorfose: os Himípteros, os Blatódeos, as Odonatas, etc. 

Biologia

Muitos insectos possuem um ou dois pares de asas localizadas no segundo e terceiro segmentos torácicos e são o único grupo de invertebrados que desenvolveu a capacidade de voar, o que teve um importante papel no seu sucesso reprodutivo. Os insectos alados e as espécies relacionadas que perderam secundariamente as asas estão agrupadas nos Pterygota.

Em alguns insectos, o vôo depende muito da turbulência atmosférica, mas nos mais “primitivos” está baseado em músculos que fazem bater as asas. Noutras espécies mais “avançadas”, do grupo Neoptera, as asas podem ser dobradas sobre o dorso, e quando em uso são acionadas por uma ação indirecta de músculos que atuam sobre a parede do tórax. Estes músculos contraem-se quando se encontram distendidos, sem necessitarem de impulsos nervosos, permitindo ao animal bater as asas muito mais rapidamente.

Os insectos jovens, depois de sairem dos ovos, sofrem uma série de mudas ou ecdises a fim de poderem crescer – uma vez que o exosqueleto não lhes permite crescer sem o mudarem. Nas espécies que apresentam metamorfose incompleta, os juvenis, chamados ninfas, não possuem asas, e são basicamente iguais aos adultos na forma do corpo; na metamorfose completa, característica dos Endopterygota, aeclosão do ovo produz uma larva, geralmente em forma de verme (a lagarta) que, depois de crescer, se transforma numa pupa que, muitas vezes, se encerra num casulo, ou numa crisálida, que muda consideravelmente de forma, antes de emergir como adulto.

Algumas espécies de insectos, como as formigas e as abelhas, vivem em sociedades tão bem organizadas que são por vezes consideradas superorganismos.

Muitos insectos possuem órgãos dos sentidos muito refinados; por exemplo, as abelhas podem ver a luz ultravioleta e os machos das falenas têm um forte olfacto que lhes permite detectar as feromonas defêmeas a quilómetros de distância.

O papel dos insectos no meio ambiente e na sociedade humana

Muitos insectos são considerados daninhos porque transmitem doenças (mosquitosmoscas), danificam construções (térmitas) ou destróem colheitas (gafanhotosgorgulhos) e muitos entomologistaseconômistas ou agrônomos se preocupam com várias formas de lutar contra eles, por vezes usando insecticidas mas, cada vez mais, investigando métodos de biocontrole.

Borboleta visitando uma flor.

Apesar destes insectos prejudiciais terem mais atenção, a maioria das espécies é benéfica para o homem ou para o meio ambiente. Muitos ajudam na polinização dasplantas (como as vespasabelhas e borboletas) e evoluíram em conjunto com elas – a polinização é uma espécie de simbiose que dá às plantas a capacidade de sereproduzirem com mais eficiência, enquanto que os polinizadores ficam com o néctar e pólen. De fato, o declínio das populações de insetos polinizadores constitui um sério problema ambiental e há muitas espécies de insectos que são criados para esse fim perto de campos agrícolas.

Alguns insectos também produzem substâncias úteis para o homem, como o mel, a cera, a laca e a seda. As abelhas e os bichos-da-seda têm sido criados pelo homem há milhares de anos e pode dizer-se que a seda afectou a história da humanidade, através do estabelecimento de relações entre a China e o resto do mundo. Em alguns lugares do mundo, os insectos são usados na alimentação humana, enquanto que noutros são considerados tabu.

As larvas da mosca doméstica eram usadas para tratar feridas gangrenadas, uma vez que elas apenas consomem carne morta e este tipo de tratamento está a ganhar terreno actualmente em muitos hospitais.

Além disso, muitos insectos, especialmente os escaravelhos, são detritívoros, alimentando-se de animais e plantas mortas, contribuindo assim para a remineralização dos produtos orgânicos.

Embora a maior parte das pessoas não saiba, provavelmente a maior utilidade dos insectos é que muitos deles são insectívoros, ou seja, alimentam-se de outros insectos, ajudando a manter o seu equilíbrio na natureza. Para qualquer espécie de insecto daninha existe uma espécie de vespa que é, ou parasitóide ou predadora dela. Por essa razão, o uso de inseticidas pode ter o efeito contrário ao desejado, uma vez que matam, não só os insetos que se pretendem eliminar, mas também os seus inimigos.